Biutiful - 2010
Javier Bardem é um ator que já venho prestando atenção em seus trabalhos já algum tempo. Alejandro González Iñárritu é um diretor que venho prestando atenção em seus trabalhos já algum tempo. Logo uma produção com os dois me chamaria à atenção, e assim fui conferir Biutiful ( sim, da mesma forma que se fala) nos cinemas.
Sabe aquele filme que só acontece merda? Não no sentido pejorativo. Tipo, só acontece desgraça? Este filme é mais ou menos isso. Uma porrada atrás da outra. A historia de Uxbal é triste e pesada, como mostra a face de Javier Bardem nos cartazes de divulgação do filme. Vivendo na região pobre de Barcelona, Iñárritu mostra o lado feio da cidade e da vida deste homem que luta para sobreviver e criar seus filhos.
Uma das características que noto nos filme do diretor é usar historias paralelas que se cruzam no decorrer da produção, afetando umas as outras, assim aconteceu em Babel, 21 Gramas e Amores Brutos (conhecido com a Trilogia do Caos). Em Biutiful o roteiro toma uma postura diferente. Agora temos um protagonista, uma historia, e são situações que vem se cruzando vertiginosamente na vida deste homem. O caos, apenas em um filme. Iñárritu possui a habilidade de conduzir uma história rica e complexa e nos afetar com um filme que passa a sensação de como estivesse suando, nervoso, abafado, tenso. Chegando a incomodar. Não sei se é o melhor do diretor, mas em minha opinião, entra fácil para a seleção dos melhores. Me lembrou outro ótimo filme Antes que oDiabo Saiba que Você esta Morto.
O filme perdurou na minha cabeça por um longo tempo, e uma das questões era: Porque este titulo? Penso que Biutiful, do jeito que se fala, é uma escrita feia, errada, e foi o que o filme quis mostrar, mesmo com algum exagero, nas telas do cinema que a vida, mesmo nos lugares mais bonitos, é para muita gente, feia e errada. O filme teve duas indicações ao Oscar de 2010: Melhor ator e Melhor Filme Estrangeiro. Não levou nenhum.
IMDB: 7.6
NOTA: 9/10
Recomendado para quem acha que a vida é bela
Trailer:
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