A Árvore da Vida

The Tree Of Life - 2011

Um dos filmes mais aguardados deste ano A Árvore da Vida foi muito bem comentado antes mesmo do seu lançamento. A produção vem sendo planejada desde 1970 pelo seu diretor e roteirista Terrence Malick. Tendo em seu elenco dois grandes atores, Brad Pitt e Sean Penn, o filme chamou muita à atenção do publico e gerou boas discussões pelos fóruns de cinema mundo afora.   Cheio de interpretações e significados A Arvore da Vida é um filme bem parado e contemplativo. Com certeza não deve ter agradado a todos os gostos.  Eu mesmo esperava  algo diferente, algo menos abstrato, menos confuso, apesar de já ir para o cinema preparado para ver algo fora do padrão.

É difícil descrever uma sinopse do filme. È difícil dizer como é A Árvore da Vida. O filme não tem um roteiro cronológico. Ele aborda certos momentos de uma família dos anos 50, focando no filho mais velho, e como se fosse as memória deste, o filme mostra momentos, sentimentos com relação aos irmãos, ao pai e a mãe.  Ao mesmo tempo em que tenta ligar isso tudo com a existência humana no planeta, a evolução, a natureza e Deus. Com certeza é um filme difícil, pois não tem nada de esquemático. 

Confesso que fiquei cansado, que teve momentos que torci para que o filme acabasse logo, já que eu estava começando a me preocupar em voltar para a casa. E acho que na volta para a casa que o filme "fez efeito". Sai tentando compreender o que tinha visto, e até agora o filme não me saiu da cabeça. Não foi uma experiência boa, mas o senti de certa maneira. Senti-me muito próximo daquela família, senti falta da minha família (inclusive sonhei a noite toda com o meu pai e um irmão que estão distantes. Tem muito tempo que não falo com ambos). Como já afirmaram o filme é muito subjetivo, e talvez isso não agrade a todos.  Na sala que eu assisti parcialmente estava vazia, e só uma pessoa reclamou do filme.

Bem diferente, bem introspectivo, bem abstrato e subjetivo, A Arvore da Vida é um filme feito para pensar. Para ser discutido. Me lembrou  Melancholia como também um  filme perdura com o expectador. Vi diversas teorias a respeito do que se passa no filme, com explicações para algumas cenas, para alguns comportamentos. Algumas teorias de caráter existencialista, muito levantaram a bandeira da teologia, conflitando o mortal com o divino. Eu já achei que é algo do ser humano mesmo, voltado para dentro de si. Um sentimento que todos possuem. O sentimento da saudade, da nostalgia. Mas acredito que o filme vai muito alem disso. Como disse, ainda estou digerindo.  Vou evitar divagar em minhas teorias para não estragar a experiência de quem ainda não viu o filme. E é justamente a experiência que cada um tem com o filme que, acredito ser o seu maior chame. Como uma obra de arte, cada  pessoa tem a sua forma de interpretação.

IMDB: 7,7

NOTA: 8/10

Recomendado para quem gosta de filmes subjetivos.